terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

CARACTERISTICAS DO TURISMO NO VALE DO RIO ARAGUAIA

EXPEDIÇÃO COUTO DE MAGALHÃES
2007
RIO ARAGUAIA
Sávio Vieira Ramos
RESUMO

Durante a Expedição Couto de Magalhães a pesquisa realizada, tendo como referencial o perfil, percepção e motivação dos turistas que freqüentam o Rio Araguaia durante o mês de julho de 2007, registrando o impacto que o fluxo de turistas proporciona ao rio e nas comunidades ribeirinhas e as suas necessidades de infra-estrutura, o que representa, para os gestores do turismo e dos recursos naturais e hídricos da região, para proprietários de estabelecimentos de hoteleiros bares e restaurantes e para as instituições de ensino e pesquisa, uma poderosa ferramenta de estudo e orientação de atividades e ações futuras. A realização pesquisa representa um importante intercâmbio científico e conseqüente aperfeiçoamento dos pesquisadores de turismo e meio ambiente no que se relaciona ao desenvolvimento sustentável da bacia do Rio Araguaia em Goiás e Mato Grosso.

PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento sustentável, planejamento turístico, turismo ambiental, ecoturismo.

INTRODUÇÃO

A relação do ser humano com a natureza e uma necessidade mundial e inclui todos os ecossistemas brasileiros, mas particularmente na região do Cerrado na Bacia do Rio Araguaia. Apresentar a preservação ambiental aliado ao desenvolvimento sustentável, colocar o papel das pessoas no processo de mudança de hábitos culturais usados em relação ao Rio Araguaia e à sociedade, possibilitam uma reflexão sobre a sustentabilidade do turismo, bem como a participação da iniciativa privada e publica nas campanhas educativas.
A Expedição Couto de Magalhães desenvolvida através da realização do Governo do Estado de Goiás, Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH), Agência Goiana do Meio Ambiente (AGMA), com o apoio da Universidade Federal do Estado de Goiás (UFG), Instituto Brasileiro de Recursos Renováveis (IBAMA), Centro de Conservação e Manejo de Répteis e Anfíbios (RAN), Programa de Revitalização da Bacia Tocantins Araguaia (PROTAR), Universidade Estadual de Goiás (UEG), Neotrópica. Vem com o propósito de gerar informações, sendo esses dados que irão subsidiar decisões e medidas para a preservação, recuperação, comparação e desenvolvimento no Rio Araguaia.
As atividades turísticas, entendidas não somente como atividade econômica, mas como prática social complexa e multifacetada, implica essencialmente o deslocamento de pessoas e a relação dessas pessoas entre si, com a comunidade e com o lugar visitado. Neste sentido, em meio a todos os fluxos de serviços inerentes à atividade turística: viagens, transportes, hospedagens, gastronomia, publicidade etc, não podemos desconsiderar a dimensão das relações humanas as quais constituem o fazer turístico.
E importante relatar sobre a expansão da industria turística, que as maiores taxas de crescimento ficam por conta do segmento turístico conhecido como genericamente sob a expressão do ecoturismo, o qual se refere a uma multiplicidade de praticas vivenciadas em ambientes naturais. Como observa Serrano (1997), o crescimento dessas modalidades vinculado à aspiração de uma espécie de retorno a natureza, afirma ainda mais sua importância como fenômeno social ao ser considerado em conjunto com outros sinais de busca dessa natureza, também associados ao universo mental das praticas do ecoturismo: expansão das medicinas alternativas, dos esportes praticados em ambientes naturais, da alimentação natural e do ambientalismo, somente para citar alguns exemplos. Tendo uma atenção para a necessidade de não negligenciar os impactos sociais e naturais decorrentes do desenvolvimento do ecoturismo, mesmo considerando a retórica do baixo impacto, centrada na imagem vinculada pelo seu marketing de indústria limpa.
O discurso do desenvolvimento sustentável esta explicito na própria definição oficial do ecoturismo pela EMBRATUR, que o considera como:
Um segmento da atividade turística que utiliza de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas (Brasil, 1994: 19).
O conceito de desenvolvimento sustentável, atrelado a noção de ecodesenvolvimento, tem sua principal referencia no relatório Nosso Futuro Comum, o qual foi elaborado pela Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987.
O turismo sustentável, outra denominação que traduz a noção de ecoturismo, teria seu apoio nos princípios do uso sustentável dos recursos naturais, da preservação da diversidade natural e cultural, do beneficio e integração das comunidades locais etc.
Por se tratar de uma região turística, o Rio Araguaia está incluído em um projeto do Ministério do Turismo, que realiza em todos os estados brasileiros para a definição das regiões turísticas prioritárias. Inicialmente, o Estado de Goiás foi subdividido, por este projeto, em nove regiões turísticas denominadas pela Agência Goiana de Turismo (AGETUR), que são: Regiões das Águas, Agro-ecológica, Engenhos, Nascentes do Oeste, Negócios, Ouro, Reserva da Biosfera Goyaz, Vale da Serra da Mesa e Vale do Araguaia. Em Goiás, foram identificadas cinco regiões turísticas prioritárias, que já possuem produtos turísticos estruturados, necessitando de promoção e apoio à comercialização. São elas: Região das Águas, dos Negócios, do Ouro, da Reserva da Biosfera Goyaz e Vale do Araguaia.
Em sua segunda edição a Expedição Couto de Magalhães, tendo a primeira sida realizada em 2004. O objetivo da pesquisa está voltado para a identificação do perfil, motivação e percepção do turista quanto aos atrativos, sendo este o resultado apresentado para analise geral dos dados coletados, a reflexão do impacto das atividades turísticas no Vale do Araguaia.

MATERIAL E MÉTODOS

Foi utilizando como instrumento metodológico para coleta de informações dos acampamentos por questionário estruturado para uma amostragem inicialmente prevista em cinqüenta acampamentos, reduzida em razão de dificuldades operacionais para trinta, objetivou-se caracterizar o perfil, motivação e percepção dos turistas que freqüentam o Vale do Araguaia.
A pesquisa do tipo survey aplica-se a uma unidade de análise e, no caso específico da Características do Turismo no Rio Araguaia, esta unidade de análise define o objeto de pesquisa - a Região do Vale do Araguaia. Ela foi definida como não-probabilística por duas razões:

· Uma amostragem probabilística seria mais dispendiosa;

· Pesquisas, anteriormente desenvolvidas na Região do Vale do Araguaia, empregaram esta técnica, pela Agência Goiana de Turismo (AGETUR) e pela Expedição Couto de Magalhães. Assim, os resultados do presente trabalho permitem diálogos com os trabalhos anteriores, permitindo a construção de séries de análise sobre o turismo na região, que poderá servir de orientação a políticas para o setor turístico e para a região do Araguaia.

A técnica de survey, é freqüentemente utilizada para enunciados descritivos de populações, portanto, perfeitamente aplicável à caracterização de turistas do Araguaia, permitindo asserções explicativas sobre os vários tipos de turismo praticado nessa região. Explicar significa uma análise multivariada, o que só pode ser realizado com o exame simultâneo de duas ou mais variáveis. Portanto, a técnica escolhida para esta pesquisa foi a de survey interseccional, freqüentemente utilizado para descrever e determinar relações entre variáveis na época de estudo. Além disso, procurou-se aliar o survey interseccional a um tipo de estudo denominado amostras paralelas, uma vez que as amostras foram levantadas paralelamente em diversas localidades ribeirinhas ou unidades de análise, permitindo uma avaliação comparativa, além do levantamento total da região do Araguaia.
O profissional de turismo esteve a bordo do barco que desceu o Rio Araguaia, da Barra do rio Claro próximo ao Travessão do Ouro Fino até Luis Alves, trabalhando simultaneamente a coleta de informações e registros e a orientação aos turistas encontrados no percurso.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Pesquisas, anteriormente desenvolvidas na Região do Vale do Araguaia, pela Agência Goiana de Turismo (AGETUR) e pela Expedição Couto de Magalhães nós anos de 2000, 2001, 2002, 2004 e 2007, sendo nós de 2000 a 2002 feitos as pesquisas no foco de amostragem por pessoa e nós de 2004 e 2007 amostragem feita através de grupos, sendo todas as pesquisas realizadas no mês de julho na segunda quinzena do mês.

Cocalinho, Aruanã, Itacaiu, Britãnia, Bandeirantes, Barra do Rio Claro, Luiz Alves – 2007

Os questionários, registrados durante a Expedição Couto de Magalhães estão apresentados segundo os objetivos especificados. Dessa forma, inicialmente estão caracterizados os turistas, segundo seu perfil sócio-econômico, em seguida são apresentados os resultados da motivação da viagem e da forma organizacional dos acampamentos. As relações de uso dos serviços oferecidos na região e a infra-estrutura dos acampamentos constituem as análises do presente estudo.
Foram entrevistados 30 turistas, cada um deles representando um acampamento específico. Foi dada prioridade em entrevistar o coordenador do acampamento, uma vez que este detém informações específicas de seu acampamento.
Do total de entrevistados, 53% originam-se de Goiânia, principal núcleo emissor de turistas para o Araguaia. Do total de 30 turistas entrevistados, 63% são do sexo masculino e apenas 37% do sexo feminino. A grande concentração de homens nas respostas retrata a posição de chefia atribuída a este sexo na organização dos acampamentos.
Dividindo-se por faixa etária observa-se, que a maior concentração de turistas está numa faixa etária adulta - de 20 - 39 anos - com 19% dos entrevistados concentrados nesta faixa. Quanto ao nível de escolaridade, verifica-se pela Figura 5 que a maior parcela completou o Ensino Médio (35%), havendo ainda 34% dos entrevistados com Curso Superior.
No critério ocupação pode-se afirmar que 19% dos entrevistados são funcionários de empresas privadas, 17% são empregados mo serviço público, 16% são estudantes e outros 13% declararam serem donas de casa.
Quanto à renda pessoal declarada pelos entrevistados, verifica-se pela Figura 6 uma grande concentração nas faixas intermediárias de renda, já que 21% das respostas concentram-se entre R$ 721,00 e R$ 1.200,00, outros 22% encontram-se entre R$ 1.201,00 e R$ 2.400,00, sendo 23% dos pesquisados declarassem possuir renda entre R$ 2.401,00 e R$ 4.800,00.
Na sua esmagadora maioria, os turistas freqüentes ao Araguaia no período pesquisado o fazem em companhia de familiares com 49%, e com os amigos 44%. Esses grupos decidem por influencia de informações de amigos e parentes.
Viajando em grupos compostos por 4 a 7 pessoas são 7%, de 8 a 11 pessoas são 17% em sua grande maioria são acima de 12 pessoas totalizando 76%. São grupos que chegam ao local de acampamento utilizando-se de carro próprio.
Indagados sobre valores gastos em média por dia por cada grupo, verifica-se que os turistas têm um comportamento uniforme ao longo do rio, concentrando-se acima de R$ 200,00 com 50% do, embora haja uma razoável concentração de gasto médio nas faixas de R$ 100,00 a R$ 150,00 com 17% e nos valores de R$ 150,00 a 200,00 com 20%.
A questão tempo de permanência no acampamento, respondida entre 8 a 15 dias com 54% e com superior a 15 dias por 33% dos entrevistados.
Os turistas que já freqüentam o Araguaia acima de 20 anos representam sua maioria com 46% como mostra a figura 13. Perguntamos também se eles visitam o Araguaia fora da temporada e quantas vezes isso ocorre.
Durante essa temporada que os turistas desenvolvem preferencialmente atividades de descanso e relaxar (20%), caminhadas pelas praias (20%), Atividades náuticas (20%), aproveitar o rio (20%) ou simplesmente apreciar a natureza (20%).
A motivação da viagem foi a turismo conforme perguntado a todos os turistas (100%), e a escolha por de acampamento também foi unanimidade entre os turistas, tanto que muitos dos entrevistados optaram por acampar, mesmo possuindo casas de veraneio nas margem do rio Araguaia e afluentes. É grande, também, a influência de vias de acesso facilitadoras na escolha do local de acampamento, assim como de pontos de apoio em terra, caracterizados por cidades, condomínios de chácaras e fazendas próprias ou de conhecidos na escolha do local de acampamento, facilitando a montagem do acampamento e o desembarque do material trazido pelos acampados. Assim, não é de causar estranheza o fato de que 37% dos entrevistados declararam que o acesso ao município em que se baseiam e Regular e 61% Bom, embora sua avaliação acerca da sinalização existente nas rodovias que dão acesso aos municípios visitados concentre-se entre os conceitos Bom 62% e Regular 28%. É oportuno lembrar que, por serem habituais na região, os turistas já conhecem o caminho, não sendo de grande relevância, para eles, a sinalização rodoviária.
Entretanto, quando a avaliação da sinalização diz respeito à área urbana do município, a percepção dos turistas é pior: 60% destes consideram a sinalização regular e outros 23% avaliam-na como Bom. Muitos destes entrevistados queixaram-se da inexistência de placas indicativas de acesso a ruas, pontos turísticos locais ou mesmo aos portos e áreas de estacionamento, dificultando sua locomoção pelas cidades.
A avaliação dos turistas sobre o acesso aos atrativos, basicamente as praias do Araguaia, concentra-se nas respostas bom e regular. Por sua vez, a sinalização de acesso aos atrativos foi avaliada como Regular (60%), Bom (23%). Estes turistas, embora habituais, sentem-se inseguros em reencontrar o caminho de acesso às praias específicas de seu acampamento um ano após sua última estada, perdendo-se muitas vezes no emaranhado de trilhas que se bifurcam das estradas para acesso ao rio. A sinalização dentro dos atrativos foi considerada Regular (45%), Bom (55%) pela grande maioria dos entrevistados, que declararam ser ela inexistente. Muitos turistas alegam ser de extrema relevância a fixação de placas orientadoras de comportamento, cuidados ambientais e de segurança que devem ser observados pelos turistas.
Já com relação à limpeza dos atrativos, 7% dos entrevistados consideraram como Otimo, 63% como Bom e 30% como regular e elogiaram o tabalho de conscientização ambiental que os Governo Federal, Estadual e Municipais têm desenvolvido na região. Muitos dos entrevistados consideram que a qualidade das praias melhorou enormente nos últimos anos, embora alegem ser necessário maior empenho das autoridades pela conservação do rio e das matas.
A avaliação dos turistas com relação à aparência das cidades visitadas (Figura 20) concentrou-se entre as respostas Bom (67%) e Regular (27%). Neste caso, em específico, as queixas sobre o volume de lixo nas ruas foram marcantes, tanto que se pode verificar pela sua avaliação acerca da limpeza urbana nas cidades ribeirinhas, e pela falta de latões de lixo nas ruas das cidades visitadas.
Com relação aos elementos de infra-estrutura urbana nas cidades visistadas, os turistas do Araguaia consideram a iluminação pública como Otima (12%) e Bom (75%), não sentindo necessidade de que se estenda a rede de iluminação pública às praias em que estão acampados.
Por seu lado, os serviços de telefonia são mostrados nas figuras 22 e 22, embora preservem o isolamento do ambiente natural, sentem necessidade de se comunicarem por telefone celular com as cidades, até mesmo em razão de eventuais emergências. Apesar de muitos possuírem antenas externas para celulares, ampliando a área de cobertura, estas dificilmente alcançam as antenas das operadoras de serviço celular.
Os serviços médicos também obtiveram avaliação crítica dos turistas, embora muitos deles mantenham, entre os familiares acampados, profissionais da área médica, consideram que estão desamparados nesta questão e colocarão como Bom (35%), Regular (15%) e Ruim (40%). A segurança pública foi avaliada como Otima (5%), Bom (36%), Regular (23%) e Ruim (36%). Estes consideram que a pequena ocorrência de furtos ou outros delitos nos acampamentos deve-se muito mais ao fato de estarem entre familiares e em grande número do que ao suporte de policiais locais, embora elogiem a presença de bombeiros nas regiões próximas às cidades e de policiais nas áreas urbanas.
Ao avaliar as estruturas turísticas disponibilizadas para os turistas, estes consideram que a hospedagem, em acampamentos, Boa (100%), índices bem próximos aos obtidos pela qualidade da alimentação (33%) Regular e 67% Bom. A hospitalidade da população ribeirinha é bem avaliada enquanto o atendimento obtém 80% de avaliação como Bom e 20% como Regular. Já o fornecimento de informações, com 10% de respostas Regular e 90% como Bom.
Os preços praticados pelo comércio são considerados 70% Regular e 20% Bom. Aparentemente o valor gasto diariamente por pessoa em sua permanência em acampamentos às margens do Rio Araguaia durante as férias de julho é pequeno, mas seu volume cresce enormemente se considerar que os turistas viajam em grupos grandes e permanecem acampados por longo período.


Cocalinho, Aruanã, Itacaiu, Britãnia Bandeirantes, Barra do Rio Claro, Luiz Alves 2004 e 2007


Segundo as pesquisas analisadas e de acordo com as características pessoais referentes ao ano de 2004 e 2007, percebe-se a predominância do sexo masculino na chefia dos acampamentos, a maioria dos entrevistados de Cocalinho, Aruanã, Itacaiu, Britãnia, Bandeirantes, Barra do Rio Claro, Luiz Alves era provenientes de Goiânia e do interior de Goiás, sobre a escolaridade a freqüência foi de pessoas com 2º grau e curso superior completo, quando a idade percebe-se uma predominância entre a 22 a 40 anos.
Em relação a ocupação percebe-se a predominância de profissionais com empregos privados seguidos de servidores públicos. Em relação às características econômicas, o item renda pessoal teve a maioria dos turistas com uma renda entre R$ 1.301,00 a 5.200,00, sendo Aruanã a cidade com a concentração de maior renda elevada do que os entrevistados das outras cidades analisadas.
Sobre as características de viagem, no que se refere aos meios de hospedagem os turistas que freqüentam o vale do Araguaia em sua maioria se hospedam em camping, sendo apenas em Aragarças que sua maioria se hospeda em casa de parentes e amigos.
Sobre o período de visitação, as respostas foram unânimes, sendo que o período das férias teve a maior percentagem. A media de permanecia dos turistas foi de mais de 8 dias.
No que se refere aos meios de transporte, dos turistas viajou de carro. Quanto às características motivacionais a maioria deslocam-se a turismo, os turistas são motivados para ficar mais próximo da natureza, relaxar e descansar, o principal fator de indução da viagem foi através de amigos e parentes.
Quanto às características perceptórias, foram agrupadas em atrativos, facilidades e acessibilidades a serem avaliadas pelos turistas, deste modo e de acordo com as informações, foram consideradas como ótimas, boas, regulares, ruins e péssimas. Quanto ao acesso aos municípios foi considerado bom, quanto à sinalização nas rodovias variou entre bom e regular. E no que tange a limpeza dos atrativos foi considerado em sua maioria boa. Quanto aos serviços médicos hospitalares e de segurança foi classificado como regulares na área da saúde publica já na segurança referente ao Corpo de Bombeiro Militar se classifica como bom. A maioria dos turistas entrevistados não encontrou guia na região.
Nesta publicação estão sendo apresentadas informações que se diferenciam na metodologia utilizada, ocasionando, com isso a dificuldade de se fazer uma serie da evolução do turismo no Estado de Goiás, porém, as pesquisas apresentadas são imprescindíveis, servindo como fonte para implantação e estruturação de um banco de dados.
Objetiva-se com as pesquisas apresentadas estimular a reflexão sobre a importância da uniformidade conceitual entre as instituições de fomento a pesquisa, além disso, disponibilizar parte das pesquisas realizadas a comunidade pode incentivar a produção de trabalhos quantitativos e qualitativo da atividade turística em todo Vale do Rio Araguaia.

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